Ontem, o SIPAG recebeu mais de 100 pedidos de licenças para que operadoras de iGaming possam atuar no Brasil. Com um custo de R$30 milhões por licença, o cenário está prestes a mudar significativamente. Mas o que isso realmente significa para o mercado?
Ainda não é certo que todas as mais de 100 empresas estarão dispostas ou poderão pagar por essa licença. Esse fator levanta uma série de questões sobre a viabilidade e o futuro do setor de iGaming no Brasil. O impacto vai além dos números—é uma questão de estratégia e planejamento de longo prazo.
Cada uma dessas empresas, ao obter a licença, será obrigada a criar pelo menos 5 cargos obrigatórios. Isso representa não só uma responsabilidade econômica, mas também uma oportunidade única de transformar o mercado de trabalho, trazendo novas vagas e promovendo a especialização em um setor que, até recentemente, não era plenamente regulamentado.
Mas o desafio é grande: o valor da licença pode servir como barreira de entrada significativa. As empresas precisarão avaliar cuidadosamente se estão prontas para esse investimento. Para aquelas que conseguirem, a recompensa pode ser um acesso privilegiado a um mercado em plena expansão. Para as que não conseguirem, o risco de ficar para trás é real.
É essencial acompanhar de perto esses desdobramentos. A regulamentação e a capacidade de adaptação às novas demandas serão cruciais para o sucesso das operadoras e para a consolidação do iGaming como uma indústria sólida no Brasil.
O futuro do iGaming no Brasil está em jogo, e as decisões tomadas agora definirão o rumo que o mercado seguirá, ainda vem novos desafios pela frente, como garantir a segurança dos consumidores, as regras de publicidade e propaganda e a promoção do jogo responsável.
O Brasil está pronto para enfrentar esse desafio?
Por Lissandra Pereira Branco - CEO Salis Advisory
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